sábado, 30 de setembro de 2017

Escrito por Monika Jordão.

Prepare-se, não vai ser simples me conquistar. Você tem certeza de que está disposto a isso? Eu não sou inconquistável, não é esse o caso. Já fui conquistada outras vezes e essas conquistas todas viraram decepção, logo, criei escudos e macetes para desviar de conquistas baratas e diminui a probabilidade de novas feridas. As que eu carrego ainda sangram. Eu não suportaria novos ferimentos, mesmo que superficiais.

Provavelmente eu não notarei sua aproximação, estarei ocupada demais buscando alternativas para minimizar as dores. Quando me encontrar não me julgue, não repare nas olheiras e no olhar perdido. Não se atente ao cabelo bagunçado ou na falta de maquiagem. Ah, e, por favor, não se importe com as altas doses de Busca Vida e com as poucas horas de sono. Eu amei demais e hoje me encontro em processo de restauração coronária. Meu coração foi despedaçado em mil fragmentos e estou juntando os cacos aos poucos.

Perdoe-me pela falta de jeito, ando capenga mesmo. Entreguei meu coração a alguém que pulverizou todas as minhas aspirações amorosas. Esse alguém triturou meus mais belos sonhos, minhas mais sinceras palavras e meus mais grandiosos sorrisos. Ele desmiuçou minhas entranhas e sem dó nem piedade pisoteou toda a esperança que colecionei. Me encontro desnuda de expectativa e anseio.

Mas, por favor, não desista. Não se abstenha de tentar conhecer a mulher que habita esse corpo. Insista em derrubar as muralhas que ela criou apenas para se proteger. Persista em desbravar essa dama, que mesmo destroçada, encontrou forças para permanecer de pé e afastar os demônios que a impedem de amar.

Insista nesta que pode não ter hoje o mesmo sorriso entusiasmado de ontem, que sabe que cometeu erros, mas que mesmo assim tenta mudar as coisas que ficaram bagunçadas dentro dela. Por favor, não desista. Quando colocar os olhos em mim, observe além do que permito que vejam. Seja carinhoso e gentil. Estou reaprendendo a me permitir e, mesmo a passos lentos, encontro-me progredindo.

Me cuide e me proteja de mim mesma, me acolha e me aninhe em seu abraço mais apertado. Me beije com doçura e me faça um afago na alma. Insista para que eu não perca a chance de apaixonar mais uma vez, mesmo que você não possa me prometer amor eterno. Me faça acreditar em suas atitudes para que não precise duvidar de cada palavra. Tenha um toque sereno para que eu me sinta segura a ponto de abrir as portas da alma.

Insista para que possamos dividir animados uma garrafa de vinho e uma pizza inteira de quatro queijos. Que eu me desprenda da culpa e que nós, juntos, sejamos capazes de mergulhar um no outro, tocando assim, as profundezas ainda intactas do nosso eu. Que tenhamos habilidade para reconstruir as ruínas da autoconfiança e haja possibilidade de desmistificar os enigmas invioláveis.

Por favor, insista, ainda desejo me aventurar na imensidão do amor, ainda anseio por uma paixão avassaladora, ainda espero pelo alguém que vai curar minha ferida e me fazer ver que todo sofrimento me preparou para a chegada da felicidade sem medida.

Espero que você seja, mesmo, o futuro amor da minha vida.
Escrito por Taíla Quadros.

Quem diz não saber o quer, na verdade sabe muito bem, só ainda não conseguiu admitir para si mesmo e está esperando a coragem para isso acontecer.

Simplesmente se sabe. Parece que o véu que cobria os nossos olhos e fazia com que víssemos o outro sob a ótica do amor, da condescendência, cai. As coisas ficam claras e límpidas como água pura. Os seus amigos e a sua família são as pessoas em que você pensa primeiro. É com eles que você quer estar e te dá um alívio quando não vê a pessoa antes amada.
As coisas ruins e os defeitos passam a pular na sua frente para mostrar o quanto são grandes e como você não consegue mais lidar com aquilo. Antes você sabia que existiam, mas eram muito menores do que todas as qualidades do seu amor, eram insignificantes perto do sorriso sincero e do calor de um abraço cheio de saudades.
Agora o que você mais sente é indiferença, tudo aquilo se tornou um peso que nenhum dos dois aceita mais carregar, o que antes era um amuleto, agora virou uma cruz.
Discutir não importa mais, conversar não importa mais, porque você já sabe aonde isso vai chegar, esse ciclo nunca levou vocês a lugar nenhum. Brincar e cozinhar o sentimento do outro até que você “decida” o que quer, é cruel e covarde. Quem diz não saber o quer, na verdade sabe muito bem, só ainda não conseguiu admitir para si mesmo e está esperando a coragem para isso acontecer.
O que importa, é saber que você merece mais, você merece sair de uma zona de marasmo onde nada acontece e você não sai do lugar e sair para a vida novamente. Você não se vê mais vivendo sem ele? Experimente dar os primeiros passos, você vai ver que consegue e é capaz de ir até mais longe do que já imaginou. Merecemos estar ao lado de alguém que sinta o mesmo que nós, que esteja olhando para o mesmo lado e queria seguir a mesma direção. Não devemos nos contentar com o meio e com a dúvida. Meio amor, meio carinho, meio companheirismo não agregam nada, só te fazem ansiar por mais e como nada mais virá, somente a frustração vai ocupar esse lugar.

Precisamos enfrentar certas situações, sim. E é com elas que crescemos, não importa que nos digam milhões de vezes que não é o caminho, muitas vezes precisamos seguir por nós mesmos para aprender. Mas depois que aprendemos, não vamos mais esquecer.
Escrito por Júlio Hermann.

Eu acho que tu já passou por um momento desses, meu bem, quando o medo que tu tem de perder a pessoa que te faz feliz, é maior do que qualquer tormento ou tempestade. Quando essa coisa que corrói por dentro é um medo enorme da solidão; e quando eu digo solidão eu não digo estar sozinho, digo se sentir vazio de si mesmo.
Eu já me senti assim, meu bem, vazio de mim mesmo. Como se nada que eu botasse pra dentro fizesse cócegas; como se nada daquilo o que eu sentia, ou vivia, ou pensava, fosse o suficiente pra que eu pudesse encontrar um norte. Tudo passava por mim e saia sem deixar vestígios, sem causar essa coisa da saudade, da vontade da permanência. Você chegou e me preencheu. Tirou todo o meu vazio e me completou; hoje eu transbordo. Procurei muito tempo por alguma coisa que fizesse com que eu me sentisse assim, e encontrei em você.
É assim que eu me sinto, meu bem: com um medo de te perder que é maior que qualquer tormento ou tempestade. Lá fora tem ventania e chove forte; dobrando a esquina tem uma guerra e as pessoas tem se matado por tão pouco. Aqui dentro o que tem me matado é essa coisa de não saber se amanhã eu vou acordar com você do meu lado ou não; se amanhã vai ter cafuné e um abraço forte que nos salve do fim do mundo.
Não sei, meu bem. Tem sido assim. Tudo o que me traz a possibilidade de te perder me desconstrói. É uma coisa que faz doer a alma e tritura o coração; que perfura e faz arder na pele. Eu não quero sentir solidão de novo; não quero me sentir vazio e ausente de mim mesmo. Olha no meu olho e diz que tu fica. Que tu me preenche e que tu fica. Quem sabe assim o medo vai embora, a tempestade me cause algum pavor, e eu durma sorrindo.
Escrito por Júlio Hermann.

Desculpa, eu não sei fingir interesse. Não sei estender o papo quando eu não quero levar o alguém pra caminhar na beira da praia. Uma hora todo mundo passa e você passou. Teve um tempo em que eu achei que iria guardar você  pra sempre no baú das boas lembranças, mas nem sempre é assim. É que chega uma hora em que a gente perde o interesse, que o sentimento de unha cravada na pele, de ácido corroendo os órgãos cansa e a gente para de se importar, e correr atrás, e vasculhar a vida da pessoa porque pouco importa. E isso não quer dizer que a gente encontrou outro alguém pra ocupar o espaço que ficou, ou que o que a gente sentia se perdeu porque não era verdadeiro. Significa que uma hora todo mundo passa, que uma hora, quando cansa, quando desgasta a caminhada toda, quando o excesso de soco no estômago sobrecarrega, a gente perde o interesse.
Eu perdi o interesse em você. Gostei de você pra caralho, assumo, mas não gosto mais – e assumir não é fraqueza, é ter consciência que passou, marcou e fez crescer; e eu cresci pra caralho no esbarrar com você. Perdi o interesse quando percebi que ia precisar desistir de mim pra me atirar em você; quando percebi que me atirar em você seria o mesmo que cair de cabeça em uma piscina sem água, que do seu lado em vez de conforto eu seria solavanco, seria colisão entre eu e o sentimento de me sentir sozinho, de me sentir vazio porque você nunca se fez presente de verdade, nunca esteve aqui como dizia estar e sempre se negou a estender a mão. Percebi quando apaguei a luz e fechei a porta e você não disse nada; quando me dei conta que me atirar em você só seria possível se eu deixasse a bagagem de uma vida toda para trás, porque você nunca soube conviver com passados e as outras pessoas a nossa volta. Agora, você não saberá conviver comigo, porque virei passado.
Talvez você também não saiba fingir interesse, não sei. Ou, talvez você saiba até demais e eu me deixei enganar. Não me engano mais; não me engano porque do seu lado eu seria solidão. Você estava do meu lado, mas vagava longe; estava aqui mas não se fazia presente, não se mostrava perto; estava do meu lado, mas era impossível te alcançar porque você se esquivava e corria. E chega uma hora que desgasta, sabe? Chega uma hora em que se entregar sozinho sobrecarrega, quando o fardo fica pesado demais para carregar sozinho porque se sentir sozinho quando se tem alguém do lado é se sentir vazio – e não tem nada mais doloroso do que se sentir vazio. Eu não tenho interesse em me sentir vazio, e também não tenho mais interesse em você.
Chega uma hora que a coisa toda sobrecarrega e a gente abre os olhos pra perceber que não precisa do outro pra se sentir feliz, que o outro em vez de felicidade tem trazido vazio, tem trazido solidão e tem se feito ausente. Talvez você não sinta nada com a minha partida porque já faz um tempo que você tá perto e vive longe. Talvez você não aprenda a conviver com isso tudo quando eu for embora porque você nunca soube lidar com passados. Mas pra você sempre pouco importou, não foi? Agora pra mim também.
Eu não sei fingir interesse. Não sei estender o papo quando não quero levar a pessoa pra passear na beira da praia nem pra morar em mim – e eu já quis te levar pra molhar os pés na água e te ofereci meu peito pra você fazer abrigo, mas você fez com que o fardo ficasse pesado demais quando me pediu pra deixar tudo pra trás para que eu pudesse me atirar em você. Só que você é piscina sem água, e me atirar em você seria sentença de morte de mim mesmo.
Eu perdi o interesse em você, e isso me fez desistir de nós dois.
Escrito por Monika Jordão, colunista do Sábias Palavras.

Você se foi. Eu não te conheço mais, muito tempo se passou. Nunca mais vi seu rosto, nunca mais olhei nos seus olhos, não senti mais seu cheiro, seu toque ou seu beijo.Nunca mais ouvi sua voz, seu sussurro ou seu grito nervoso.
Não sei mais qual é sua comida preferida, nem sei se você ainda dorme com a TV ligada. Se ainda toma leite toda manhã ou se o vinho ainda tem que ser seco.
Não sei se deixou seu cabelo crescer ou se raspou de novo.
Mas de uma coisa eu sei: Eu ainda me lembro de você.

Sei que não é no meu ombro que você chora, que não é na minha mão que você pega no passeio do shopping e não é nos meus olhos que você olha por alguns segundos antes daquele sorriso tímido.
Não é no meu cabelo que você passa a mão quando quer fazer um carinho discreto. Não é a minha boca que você beija calorosamente nem o meu corpo que você toca com fervor.
Não é pra mim que você liga quando algo ruim acontece, nem quando uma boa notícia aparece. Não é em mim que você pensa antes de dormir e nem quando acorda.
Não sou mais eu, definitivamente.

E nem poderia ser, eu fugi.
Fui embora correndo e não olhei pra trás.
Tive medo.

Nossos caminhos se cruzaram por acaso.
Você, idiota que é, se entregou. Eu, idiota que sou, me perdi.
E foi por medo.
Era nova demais, imatura demais, insegura demais, enfim…
Era demais pra mim.

Penso naquele tempo e dói.
Dói porque sei que hoje seria diferente.

Pode parecer loucura, e provavelmente seja mesmo, mas algo me diz que a gente daria certo. Não sei como seria, se a gente ainda teria aquela química louca, se ainda seriamos cúmplices e companheiros.
Será que iríamos pra praia, de novo, só pra molhar os pés no mar e ver o pôr do sol?
Será que você ainda ia adorar minha mania de morder o lábio?
Será que eu ainda ia ficar doida só de ver pro seu sorriso solto?
Será que você ainda ia me chamar de linda quando eu acordasse descabelada?
Será que eu ainda ia pegar sua mão quando caísse uma tempestade?

Será?
Não sei.

Eu só queria, ao menos mais uma vez, olhar pra você.

Eu não fugiria.
Eu mergulharia no seu beijo e moraria no seu abraço para sempre.
Acreditei durante muito tempo que um amor realmente curasse o outro. Era mais fácil desse jeito, agora eu sei disso. Quando eu sentia que estávamos próximos ao fim (sim, mulher sente essas coisas), já correspondia com mais interesse as investidas de outros caras, saía de casa olhando com mais atenção quem estivesse ao meu redor. Então o ciclo se repetia e, assim que ficava solteira, me forçava a sair com outras pessoas. Já dei conselhos desse tipo também: “Você tem que tentar. Sair pra desopilar, não pensar nele. No mínimo, você se diverte.” Afinal, havia dado certo pra mim a vida inteira.
Aprendi duas coisas nessa fase: 1) o placar não zera, só acumula. Qualquer semelhança entre meu presente e passado já causava uma guerra numa proporção muito maior do que merecia. Eu trazia no peito feridas abertas, nas mãos os planos que nunca se concretizaram e despejava à queima roupa no primeiro que tivesse a oportunidade. Não era culpa dele não suprir essas expectativas, agora eu sei disso. Até porque, sinceramente, sequer haviam sido criadas para ele ou com ele. Isso era apenas eu impondo minhas vontades a um novo relacionamento devido ao fracasso do antigo. E 2) você pode até achar que driblou o sofrimento, que manteve seu coração intacto enquanto ocupava sua mente com outra história, mas a verdade é que a mágoa está ali, pronta pra se lançar ao menor sinal de perda.
Se nem eu priorizei a mim mesma, como poderia achar que outra pessoa pudesse fazê-lo? Ninguém sabia pelo o que eu havia passado e sentido. Só eu tinha o poder de me curar, mas enfrentar a si mesma sozinha pode ser um desafio mais assustador do que se imagina. A gente aprendeu a repulsar a solidão, que ser solteira é sinônimo de fracassada, que não estar apaixonada por alguém é se sentir vazia. É normal sentirmos medo de não termos outra chance ou deixarmos escapar mais um romance. É normal sentirmos pressa; o tempo não espera que nos recuperemos, como poderíamos desperdiçá-lo sem tentar outra vez?
Finalmente, eu entendi que o amor que traz cura é o próprio, não aquele destinado a outra pessoa. Eu precisava de tempo, eu precisava de mim. E quando me tive desfrutei da sensação de completude que tanta gente procura em outros corpos. Aprendi a me amar, me paparicar, priorizar minhas vontades, perdoar minhas falhas. Aprendi a lidar comigo, e não foi fácil. Às vezes, você precisa se reinventar, pois enquanto permanecer com as mesmas atitudes, não pode esperar por um desfecho diferente.
Você deve se perguntar “Qual a sua parcela de culpa naquilo que te faz infeliz?”, e não temer a resposta.

SAMANTHA SILVANY
Escrito por Taíla Quadros.

“Te ver e não te querer, é improvável, é impossível.”
Impossível é não querer te ter em meus braços. Não ganhar teus abraços e continuar firme e forte. Esperando a minha chance, esperando coragem para dizer a você o quanto és importante para mim. O quanto eu sinto vontade de te falar, de te amar como nunca amei ninguém.
Sem você, sou o céu sem estrelas, um mar sem as ondas, o Sol sem calor. Sou todos os clichês do mundo e todas as músicas de dor de amor. Quando não te vejo, tudo perde a graça, tudo fica sem cor.
Não sei até quando vou viver sem te sentir perto de mim, sem saber quando vamos poder estar juntos de verdade, se distância ou diferenças, sem horários e desafetos. Eu sei que você me quer também e sei que você quer estar aqui e viver todos os dias ao meu lado. Só não sei o que te impede de vir até aqui, de gritar na minha janela para todo mundo ouvir o quanto sou especial para você.
Decido esperar. A espera que dói, a espera que cansa, mas nunca deixa ir embora a esperança de estar com você, de acordar ao seu lado e ouvir a sua respiração, sentir o calor do teu corpo e o toque macio da sua pele. Imagino como deve ser essa sensação todos os dias e antes de abrir os olhos, já vejo você sorrindo para mim.
Ainda não entendo porque estamos longe um do outro, mas eu sei que um dia vamos nos unir e fazer o que a gente quiser, eu e você, sem se preocupar com os outros, sem querer saber do futuro. Vamos viver o nosso presente como se fosse eterno, aproveitar todos os minutos para fazer parte um do outro e nos tornarmos um todo ainda mais completo.
O importante agora somos apenas eu e você.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

É, eu tive que cair na real. Por mais que eu quisesse viver todos aqueles sonhos malucos
ao teu lado, eu tive que cair na real. Mesmo sem entender, sem compreender, sem saber
o porquê, eu tive que cair na real. E não, não é fácil, não é fácil ter que me acostumar
com a droga da tua ausência. Não é fácil acordar e não receber mais a tua mensagem
com o teu “bom dia” que fazia o meu dia bom. Não é fácil sorrir ou sair andando por aí.
Não, não é. Talvez seja pra ti, mas comigo é diferente. Eu sinto a tua falta.
O problema é que eu tive que cair na real, né? Tive que aceitar que tu não conseguia
seguir ao meu lado. Tive que cair na real e perceber que tu não queria mais voltar, mesmo
quando estendi os meus braços e fiz do meu abraço o teu lar. Eu tive que cair com a cara
no chão e perceber que tudo tinha sido em vão.
É, eu caí, caí, sim. Caí na real. Eu sinto saudade e isso é algo concreto em mim, nos
meus dias cinzas e nas vezes em que ouço aquela música e lembro de ti. Eu sinto
saudade quando não tenho para quem contar uma novidade, ou quando preciso
desabafar sobre o peso de ter que socializar. Eu sinto saudade de quando tu ficava me
ouvindo falar por horas e horas. É, eu sinto saudade e caí na real. E hoje só me restam
os contáveis sorrisos de quando fecho os olhos e nos enxergo lá, caindo... na cama.

sábado, 29 de julho de 2017

Fique com alguém que converse com você sobre tudo, sobre o nome dos filhos, que faça planos, que fique indeciso junto contigo sobre quantos gatos e cachorros vão criar, sobre uma possível viagem. Não escolha ficar com alguém que seja inseguro, que fique tipo: "ah, mas nós não sabemos o que pode acontecer amanhã", "e se amanhã...", "e se..."
Fique com alguém que olhe no fundo dos teus olhos e te diga: "vem cá, nós vamos fazer o nosso amanhã".
Fique com alguém que tenha os mesmos sonhos que você, e mesmo que não tenha, um realizará o do outro, juntos.
Fique com alguém que esteja disposto a realizar o que sonha, que goste de ver o por do sol, que goste de ir a praia, mas que não dispensa uma baladinha. Alguém que não se canse de te ver dançando durante horas, mas que também adore assistir suas séries preferidas, várias temporadas com você agarradinhos.
Fique com alguém que saiba cozinhar, que saiba fazer apenas miojo ou brigadeiro, ou alguém que deixe o feijão queimar, o macarrão passar do ponto, e que ria disso tudo junto com você. Alguém que tenha defeitos, afinal quem não tem? As pessoas costumam errar quando vão seguir até as receitas mais fáceis, imagina quando resolvem partir pra algo sério com alguém.
PR
"Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fossem o passado, as mágoas, a alma encardida. Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fossem as brigas, as palavras mal-ditas, o "passou-da-conta-agora-chega". Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fossem as cartas rasgadas, a música esquecida, a falta de compreensão. Eu demoraria mais o meu olhar no teu, se não fosse o medo de me ver refletida bem dentro, bem fundo dos teus olhos, como aquela velha cigana, um dia, contou ao ler minha mão."
Cris Carvalho

segunda-feira, 17 de julho de 2017

"Nós iremos nos 
reconhecer no 
Céu.O amor que 
vivemos nunca 
vai morrer.
Amor não morre.
Amor se transforma.
Amar é acreditar que
o outro nunca morrerá,
JAMAIS."
Padre Léo

Amor é síntese


Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu !
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou :
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor ! 

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!
Myrtes Mathias
Os contos de fadas são assim.
Uma manhã, a a gente acorda
E diz: "era só um conto de fadas..."
E a gente sorri de si mesma.
Mas, no fundo, não estamos sorrindo.
Sabemos muito bem que os contos de fadas
São a única verdade da vida.
Antoine de Saint-Exupéry
“Saudade é uma das palavras mais presentes nas poesias de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".”

Esse sentimento embora bastante triste tem uma beleza única, pois só o possui quem ama ou amou muito alguém... Quem amou de maneira especial uma fase da sua da vida... Quem deixou a sua terra para trás... Sempre que a saudade invade a minha alma, sinto as suas mãos segurando o meu coração que agitado se debate tentando não agonizar. Sinto as suas mãos impiedosas me revirando por dentro. Ainda assim prefiro senti-la, pois isso prova que vivi e vivo intensamente a minha jornada. Quem não derruba lágrimas, seja de alegria ou de tristeza, quem não se perturba com nada e está acima das próprias emoções, já está morto sem saber. A saudade é um grito de vida, já conheci pessoas que foram resgatadas de suas ilhas emocionais por ela... Pessoas que se entregaram à depressão, ao desamor e ao isolamento, mas que ao se reconectarem com vida que tiveram um dia, através das saudades, relembraram do quanto foram capazes de amar e de serem felizes! Isso as impulsionou a resgatarem o amor pela própria existência. Quantos filmes, livros e poemas são narrados pelas lembranças? O que seriam dessas obras se a história contada não fosse embalada pela saudade? A minha saudade terna, triste, feliz e doce sussurra aos meus ouvidos... E em segredo confessa: “Tudo está valendo a pena... Agora é hora de olhar para frente e seguir adiante... Pois logo ali, daqui a pouquinho... Você também estará com saudades desse momento...” E suavemente se despede até o nosso próximo encontro...
Lígia Guerra
Em um mundo tão maquiado quanto o nosso não existe espaço para grandes verdades. Deixe suas fragilidades para o escuro do seu quarto ou quem sabe para um ombro sincero e de fato amigo, que goste de você. Para os demais, finja que você é feliz. Não tem pão? Coma bolo! Nossa! Maria Antonieta nunca esteve tão em voga como na atualidade. Você acha espantoso estarmos na era da depressão? Pois é, estamos afundando abraçados nesse sintoma coletivo, nessa praga, nesse câncer social, e sabe por quê? Porque nesse mundo, meu querido, não dá para ser diferente, é preciso se enquadrar. Nasceu com a cor errada? Azar o teu! Não tem o carro das argolinhas, que peninha... É baixinho, usa óculos, nunca foi o tal? Pergunte o que fazer ao Herbert Vianna, ele sacou muitas dessas coisas faz tempo. Melhor, leia Sêneca, Spinoza, Plutarco, repense a sua vida. Sempre existem duas opções, portanto escolha. Vai fingir ser o que você não é ou vai optar por você? Uma coisa eu garanto: Você vai pagar um alto preço de uma forma ou de outra, seja para aparentar o que você não é ou para bancar aquilo que você de fato é! Porque eu prefiro a segunda opção? Porque os que optam pela primeira já morreram faz tempo, só não descobriram isso ainda. Talvez já seja tarde para muitos ou como diria o nosso querido Guimarães Rosa, alguns já foram abatidos pela indigência intelectual. Game over.

Lígia Guerra

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Toda esta viagem

Não digas nada!
Não, nem a verdade!
Há tanta suavidade
Em nada se dizer
E tudo se entender –
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada!
Deixa esquecer.
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda esta viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz…
Não digas nada.

Fernando Pessoa.

Raios de Sol

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.
🍃
Fernando Pessoa

''Tem horas que temos que nos calar...
para que nossas palavras, não firam como lanças afiadas...
Muitas vezes o silêncio é a melhor maneira de nos fazer
sentir e ser ouvidos...''
- Hilario Josepe
Muitas pessoas têm medo de se relacionar por já terem sido tratadas como descartáveis. Vai uma dica: respeite o seu tempo! Quem se interessar por você e não somente pelo seu corpo, saberá compreender a importância da cadência da sua alma. Podemos nos enganar com as pessoas, isso é fato. O que não devemos é nos violentar para agradar o outro, seja quem for. Quem só se aproxima da embalagem não terá disposição para conhecer o conteúdo, esse já é um filtro importante para selecionar quem ficará ao seu lado. Relacione-se intimamente quando essa for a sua vontade. Esse posicionamento nos ajuda em todas as escolhas da vida. Não acertaremos sempre, mas certamente teremos mais consciência sobre os nossos sentimentos e uma autoestima mais forte e equilibrada. Antes de concordar com o que sai da boca da outra pessoa, preste atenção nos conselhos da sua intuição! *Lígia Guerra*
Sempre que uma pessoa nos provoca emocionalmente, ela merece um segundo olhar... Seja por uma qualidade que possui e que desejamos desenvolver ou por um defeito que não identificamos em nós. Uma pessoa muito agitada, por exemplo, poderá se incomodar com a calma da outra, pois precisa desenvolver o seu próprio equilíbrio íntimo. Alguém muito inseguro poderá ficar acuado e ácido diante de uma pessoa autoconfiante. É autodefesa! Antes de observar as outras pessoas com críticas... É bem mais construtivo as observar como espelhos. O nosso autoconhecimento pode acontecer por muitas vias. Grandes transformações em nossas vidas surgem através de relações incomuns. Observe o mundo, as pessoas, a si mesmo. Ouse enxergar além do óbvio! *Lígia Guerra*
Quem nunca enfrentou um perrengue na vida?!?! Contar a grana para passar o mês, fazer um plano no qual nada dá certo e ter que recomeçar tudo de novo, um chefe chato, um corte de cabelo errado, um namoro equivocado. No momento do sufoco parece que o tempo não passa... Depois lembramos daquelas confusões como lições e até com ótimas gargalhadas!!! Quem não passa por apuros não aprende a flexibilizar, a ter jogo de cintura e se recriar. Torna-se chato, autocentrado e engessado. Perrengue dos bons nos apresenta amigos incríveis, deixa clara a nossa pequenez diante da vida e acima de tudo nos ensina a rir de nós mesmos. Afinal... Quem disse que só os outros "merecem" enfrentar dificuldades? Por vezes teremos que mudar de rota, reprogramar o trajeto, quem sabe até sair pela a janela... Mas qual sentido teriam as nossas vidas sem as nossas histórias? *Lígia Guerra*
Casa Arrumada – Carlos Drummond de Andrade
Arrume a casa todos os dias… Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela…
Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas… Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos… Netos, pros vizinhos… E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Arrume a casa todos os dias… Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela…
E reconhecer nela o seu lugar. Carlos Drummond de Andrade
Texto do livro "Erótica é a Alma" de Adélia Prado para todos nós, que amadurecemos lindamente sem rugas na alma!
Todos vamos envelhecer... Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos. O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior: tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar o ambiente. Porque o tempo, invariavelmente, irá corroer o exterior. E, quando ocorrer, o alicerce precisa estar forte para suportar. *Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios. Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores. Aprenda: bisturi algum Vai dar conta do buraco de uma alma negligenciada anos a fio.*

quinta-feira, 4 de maio de 2017


Eu senti que era amor quando depois do "boa noite"havia uma vontade incontrolável de dizer "EU TE AMO"
Quando fui extremamente feliz.
Tua voz soa para mim como o canto de um pássaro silvestre e raro ,quando corteja a fêmea...na intenção de procriar com ela..
A tua presença representa o nascer do sol quando ele aparece e dá brilho ao mundo com a intensa magnitude e beleza que seus raios luminosos proporcionam.
Tua companhia, me representa ser a flor desabrochada; exalando o teu perfume e atraindo e permitindo que a abelha venha fecundá-la com o pólen que ela tráz preso em suas patinhas.
Ao seu lado eu me sinto, no balanço de uma rede aconchegante e preguiçosa,presa entre dois coqueiros,à beira-mar, que dança gostosa numa tarde grande, com a brisa marina soprando em meu rosto;sem relógio, sem agenda; tomando um suco de maracujá desses de fruta mesmo,bem docinho e gelado; de canudinho...
Você tem o gosto de banho de mar numa água quente; azulzinha, limpa e cristalina..
Ao seu lado, eu sinto como estivesse comendo pipoca .....
De passeio no jardim de mãos dadas.....de sentar no banco do coreto da pracinha e alimentar os pombos com grãos de milho....
Melando os dedos de algodão doce, da cor mais linda que tem pra escolher...
Você tem o gosto de sorvetes escolhidos de vários sabôres ...assistindo à um filme escolhido à dedo por nós dois..
Você tem gosto de manga comum apanhada no pé..lambuzando a boca , o queixo, deixando o caldinho escorrer pelas mãos; até chegar aos cotovelos, numa volúpia insaciável que querer chupar...chupar...
Você tem cheiro de leite materno; quando então eu bebê, me saciava no seio de minha mãe..
Ao seu lado, eu percebo que os anjos existem e que apenas alguns são invisíveis.
Ao seu lado, eu me sinto como se estivesse chegando em casa e trocando o sapato apertado pelo chinelo velho que mais gosto.
Com você, me sinto sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de
quem não liga pra isso.
Ao seu lado, pode ser o mês que for, mais vai sempre parecer manhã de Natal do tempo em que eu acordava ansioso para procurar e encontrar o presente que o Papai Noel tinha me deixado.
Sempre haverá um ovinho do coelhinho da páscoa bem escondidinho me esperando..
Você tem em teus olhos,o brilho das estrelas acesas no céu e daquelas cadentes que quando as vemos ,fazemos um pedido impossível; e que neste momento ele seria o de estar ao teu lado.
Juntos então; eu acho que a felicidade não é impossível,
Ao seu lado eu sinto como se estivesse visitando um lugar feito de alegria, de pura magia, onde quando nos mexessemos; pipocariam estrelinhas multicoloridas no espaço...
Sinto-me recebendo um afeto sem fim, e oferecendo um bouquet de rosas vermelhas; a cor da paixão...
Abraçando o abraço mais gostoso que existe.
Tocando os teus olhos com os meus.
Passando a ponta de meus dedos, suavemente por tuas sombrancelhas..
Sentindo o perfume de teus cabelos..e acariciando-os ......
Posso sentir o calor de teu hálito, e o teu rosto sendo afagado pelas minhas mãos, onde eu saberia percorrer cada relêvo, cada contôrno, numa espécie de transe, onde o silêncio por si só; já diria tudo.....
Ahhhh...que vontade de roçar meus lábios levemente nos teus.....antecipando o gosto de um longo, doce,sedento, quente, molhado beijo que se aproxima...
Ao seu lado, saboreio o delicioso toque suave que sua presença sopra no meu coração....
Você tem cheiro de cafuné sem pressa....
Cheiro da terra molhada pelas primeiras chuvas.....
Do brinquedo que eu não largava....
De álbum de jogadores com figurinhas carimbadas ,faltando apenas uma para a acabar de preencher; e esta figurinha seria o nosso encontro..
Você tem o cheiro das manhãs quando eu criança; saia pedalando minha bicicleta sem destino definido ,com a certeza de chegar num local bonito, onde eu descansaria, reuniria forças novamente, e voltaria contente com sentimento de ter descoberto mais um lugar ,com a liberdade adquirida que a bicicleta podia me proporcionar..
Você tem o cheiro do acalanto, do ninar, da música suave e monótona emitida pela voz humana.. entrando pelos ouvidos, e me fazendo adormecer.
Ao seu lado, eu percebo que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em nossas veias.
Pulsa em todos os lugares.
Ao seu lado eu lembro que nos instantes em que falo mais devagar, me esqueço do resto do mundo, de meus anseios, meus problemas...
E eu sorrio grande que nem moleque travesso.
Com você é assim, uma eterna sensação de contentamento..
Com você é eterna a minha felicidade.
Então, dedico a você...
Toda minha paz e minha alegria, e também este sentimento que tem brotado dentro de mim que parece que já senti certa vez; mas esqueci como é....
Dedico tudo isso que sinto agora; que vem acompanhado junto de uma dorzinha gostosa que começa na boca do estômago; vai subindo...subindo...até chegar na garganta, onde faz uma espécie de nózinho, e então ali para..e que apesar de doer, nào quero que ela se vá.....quero que fique.....pois a sensação apesar de estranha; é muito boa de ser sentida...
Nestas horas; que muito me agradam,pelos pequenos(grandes) momentos que passamos juntos , aqui na net; apesar deles serem transmitidos através desta fria tela destes monitores que se encontram em nossa frente; mas que nos aproximam de uma forma tão intensa; que fazem o mundo ficar pequeno demais para tanta felicidade.
Eu dedico toda a minha alegria a você, que me faz acreditar que a felicidade não é algo ilusório; ela existe, e está bem perto de nós...
E que ela pode ser conquistada apenas com um simples chalezinho rústico de madeira, uma horta, um cachorro, e a nossa presença para habitá-lo...
Dedico todo o meu desejo à você, pois estou a aprender a te gostar..
E essa sensação, faz a vida ser mais vida...
Muito mais vivida....
Dedico tudo de mim a ti..
Beijo da tarde, minha querida....
(Autor desconhecido)
"Coragem, às vezes,é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É pedir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor,aquele lá, que a gente não alcança mais".
Ana Jácomo



sexta-feira, 31 de março de 2017

DEPOIS DO FIM

Tanto que quis te esquecer que esqueci do que acontece depois do fim. Percebi que havia passado tudo que eu senti por ti. Aquela confusão de saudade, ciúme e medo, deu lugar a um completo silêncio. Tentei encontrar alguma partezinha de mim que estivesse com raiva, aflita ou simplesmente desesperada por te perder e, pela primeira vez desde que te conheci, não havia nada. Quis chorar. Há uma sincera tristeza em seguir em frente que não nos contam. É triste descobrir que seu paradeiro não me interessa mais, que sua presença não influencia no meu humor. É triste saber que quando eu lhe vejo sei que estamos exatamente como deveríamos estar: cada um para o seu lado.

Então, eu tento acreditar que você ainda vai contar comigo se precisar (embora saibamos que você não vai precisar), que não era pra ser (como uma determinação divina e não o fracasso das tentativas), que não precisamos nos tratar como estranhos (até porque é impossível ignorar o quanto sabemos um do outro).
Mas o que eu devo fazer com a vida que dividíamos? Fingir que não existiu? A gente não fala muito sobre isso, não é? Falamos sobre superação, deixar as mágoas para trás, excluir das redes sociais. Falamos até sobre não falar mais disso numa patética tentativa de nos ouvir dizer em voz alta o que o coração anda gritando por dentro. Mas não falamos sobre o que fazer com o livro que você me deu; na minha estante me faz lembrar você, na minha gaveta me faz temer você, e se eu te devolvesse? Quer dizer que nunca foi meu ou que eu nunca fui sua? E quanto a série que víamos juntos? Você estará ali, ao meu lado, quer eu queira ou não. Como contar uma história sem citar seu nome ou como mudar seu nome em uma história sem parecer que ainda gosto de você? Aliás, me perguntaram isso um dia desses. Eu disse que não, porque é verdade. Não gosto mais. Não como antes, não como nunca. O sentimento é outro, a situação é outra; eu também não sou mais a mesma.
Esse gostar está impregnado no livro, está na música de abertura daquela série. Esse gostar faz poesia para os altos e baixos que vivemos. Vê o lado bom de tudo, ainda quando não se tem mais nada. Esse gostar não me pertence mais. Quis chorar, mas não consegui. O amor que eu conheci contigo está cansado, maltratado, mas não perdeu as esperanças de renascer. Em outro peito. Em outra vida. Dessa vez, minha, e não mais nossa.
Martha Medeiros.

quinta-feira, 23 de março de 2017

❝Quando Deus fez o mundo, escolheu enchê-lo de animais, e decidiu dar uma qualidade especial para cada um. Todos os animais formaram diante Dele uma longa fila, e o gato, calmamente, foi para o fim da fila. Deus deu ao elefante e ao urso a Força, ao coelho e ao cervo a Velocidade, a Sabedoria à coruja, Beleza aos pássaros e borboletas, Esperteza para a raposa, Inteligência para o macaco, Lealdade para o cão, Coragem para o leão, Alegria para a lontra... Todas estas coisas os animais haviam pedido para ter. Afinal, ao fim da fila, o pequeno gato sentou-se e esperou paciente. Deus perguntou-lhe: - O que terá você ?
Ao que o gato encolheu os ombros e respondeu:
- Qualquer coisa me servirá. Eu não ligo.
E Deus disse: - Mas eu sou Deus ! Quero lhe dar algo especial !
E o gato, espertamente, respondeu:
- Então me dê um pouco de tudo, por favor !
E Deus, rindo-se da enorme inteligência do animal, deu para o gato a soma de todas as qualidades dos animais, mais a graça e a elegância, e um gentil ronronar, para que ele sempre atraísse os homens e conquistasse seus lares.❞
"Não fique chateado com quem sumiu quando você mais precisou. Às vezes Deus esconde as muletas para que finalmente Ele seja a sua única opção de apoio".
Juliano Matos


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"Aquilo que mais nos faz falta, aquele amor que não deu muito certo, aquele sonho que não realizamos, aquela história que terminou antes do tempo, aquela saudade que não passa, aquele desejo inexplicável, aquele sentimento que não se descreve por palavras. As nossas maiores faltas, as nossas maiores perdas, os nossos maiores sentimentos, aquilo que nos dói no fundo da alma, aquilo que marcou intensamente, guardamos, protegemos, não expomos, não dizemos em palavras, apesar de sentirmos praticamente a todo segundo, a cada suspiro."
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Escrito por Monika Jordão. Prepare-se, não vai ser simples me conquistar. Você tem certeza de que está disposto a isso? Eu não sou inco...