domingo, 26 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
MESTRES
Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo
meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos
todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.
SAUDADE
Aquela era dessas saudades bem-vindas que trazem também descanso e alegria na
sua cesta de bênçãos. Era dessas saudades que derrubam cercas e desenham pontes.
Era dessas saudades que desembrulham lembranças que deixam o instante da gente
todo perfumado de Deus. Aquela era dessas saudades generosas que bordam sol no
tecido da alma com os seus lindos fios de amor.
Ana Jácomo
Ana Jácomo
LEMBRANÇA
Ana Jácomo
Lembrar com amor é oferecer, no coração, um
sorriso que se expande. É um jeito instantâneo e poderoso de prece. É um modo de
abraço, não importa o aparente tamanho da distância, nem as enganosas cercas do
tempo. Lembrar com amor é levar a vida, no exato instante da lembrança, ao lugar
onde a outra vida está e plantar uma nova muda de ternura por lá.
CERTOS MOMENTOS
"Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás." -
RECADO AOS MOÇOS
Vocês não sabem o que têm nas mãos
Tocam os seios sem saber que no meio bate um coração,
beijam bocas sem ouvir o que elas têm a dizer,
fixam os olhos sem perceber que por trás há uma mente inquieta.
São milhares de pensamentos e sentimentos que pulsam e se confundem,
vocês deviam fazer mais que apenas assistir.
Tenho pena dos que não se arriscam,
dos que não pulam e gostam do morno,
dos que se conformam com piscinas rasas e vidas rasas também.
Tenho pena dos que vão embora cedo, dos que só viajam até a esquina,
dos que pensam mil vezes antes de falar.
Vocês não sabem o que têm nas mãos.
E perdem amores por apostas,
perdem companhia por desinformação e cumplicidade por medo.
Perdem tempo. O meu e o de vocês.
(Veronica Heiss)
SAUDADES
'São saudades de um mundo contente feito céu estrelado. Feito flor abraçada por borboleta. Feito café da tarde com bolinho de chuva. Onde a gente se sente tranquilo como se descansasse num cafuné. Onde, em vez de nos orgulharmos por carregar tanto peso, a gente se orgulha por ser capaz de viver com mais leveza.'
Ana Jácomo
INTIMIDADE
Ana Jácomo
Algumas pessoas se destacam para nós. Não há argumento capaz
de nos fazer entender exatamente como isso acontece. Porquê dançam conosco com
mais leveza nessa coreografia bela, e tantas vezes atrapalhada, dos encontros
humanos. Muitas vezes tentamos explicar, em vão, a medida do nosso bem-querer. A
doçura de que é feito o olhar que lhes dirigimos. O sentimento que nos move para
ajudá-las a despertar um único sorriso.
Não importa quando as encontramos no nosso caminho. Parece que estão na nossa vida desde sempre e que mesmo depois dela permanecerão conosco. É tão rico compartilhar a jornada com elas que nos surpreende lembrar de que houve um tempo em que ainda não sabíamos que existiam. É até possível que tenhamos sentido saudade mesmo antes de conhecê-las. O que sentimos vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam. Transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é.
Por elas nos sentimos capazes das belezas mais inéditas. Se estão felizes, é como se a festa fosse nossa. Se estão em perigo, o aperto é nosso também. Com elas, o coração da gente descansa. Nós nos sentimos em casa, descalços, vestidos de nós mesmos. O afeto flui com facilidade rara. Somos aceitos, amados, bem-vindos, quando o tempo é de sol e quando o tempo é de chuva. Na expressão das nossas virtudes e na revelação das nossas limitações. Com elas, experimentamos mais nitidamente a dádiva da troca nesse longo caminho de aprendizado do amor.
Não importa quando as encontramos no nosso caminho. Parece que estão na nossa vida desde sempre e que mesmo depois dela permanecerão conosco. É tão rico compartilhar a jornada com elas que nos surpreende lembrar de que houve um tempo em que ainda não sabíamos que existiam. É até possível que tenhamos sentido saudade mesmo antes de conhecê-las. O que sentimos vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam. Transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é.
Por elas nos sentimos capazes das belezas mais inéditas. Se estão felizes, é como se a festa fosse nossa. Se estão em perigo, o aperto é nosso também. Com elas, o coração da gente descansa. Nós nos sentimos em casa, descalços, vestidos de nós mesmos. O afeto flui com facilidade rara. Somos aceitos, amados, bem-vindos, quando o tempo é de sol e quando o tempo é de chuva. Na expressão das nossas virtudes e na revelação das nossas limitações. Com elas, experimentamos mais nitidamente a dádiva da troca nesse longo caminho de aprendizado do amor.
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