sábado, 30 de setembro de 2017

Escrito por Monika Jordão.

Prepare-se, não vai ser simples me conquistar. Você tem certeza de que está disposto a isso? Eu não sou inconquistável, não é esse o caso. Já fui conquistada outras vezes e essas conquistas todas viraram decepção, logo, criei escudos e macetes para desviar de conquistas baratas e diminui a probabilidade de novas feridas. As que eu carrego ainda sangram. Eu não suportaria novos ferimentos, mesmo que superficiais.

Provavelmente eu não notarei sua aproximação, estarei ocupada demais buscando alternativas para minimizar as dores. Quando me encontrar não me julgue, não repare nas olheiras e no olhar perdido. Não se atente ao cabelo bagunçado ou na falta de maquiagem. Ah, e, por favor, não se importe com as altas doses de Busca Vida e com as poucas horas de sono. Eu amei demais e hoje me encontro em processo de restauração coronária. Meu coração foi despedaçado em mil fragmentos e estou juntando os cacos aos poucos.

Perdoe-me pela falta de jeito, ando capenga mesmo. Entreguei meu coração a alguém que pulverizou todas as minhas aspirações amorosas. Esse alguém triturou meus mais belos sonhos, minhas mais sinceras palavras e meus mais grandiosos sorrisos. Ele desmiuçou minhas entranhas e sem dó nem piedade pisoteou toda a esperança que colecionei. Me encontro desnuda de expectativa e anseio.

Mas, por favor, não desista. Não se abstenha de tentar conhecer a mulher que habita esse corpo. Insista em derrubar as muralhas que ela criou apenas para se proteger. Persista em desbravar essa dama, que mesmo destroçada, encontrou forças para permanecer de pé e afastar os demônios que a impedem de amar.

Insista nesta que pode não ter hoje o mesmo sorriso entusiasmado de ontem, que sabe que cometeu erros, mas que mesmo assim tenta mudar as coisas que ficaram bagunçadas dentro dela. Por favor, não desista. Quando colocar os olhos em mim, observe além do que permito que vejam. Seja carinhoso e gentil. Estou reaprendendo a me permitir e, mesmo a passos lentos, encontro-me progredindo.

Me cuide e me proteja de mim mesma, me acolha e me aninhe em seu abraço mais apertado. Me beije com doçura e me faça um afago na alma. Insista para que eu não perca a chance de apaixonar mais uma vez, mesmo que você não possa me prometer amor eterno. Me faça acreditar em suas atitudes para que não precise duvidar de cada palavra. Tenha um toque sereno para que eu me sinta segura a ponto de abrir as portas da alma.

Insista para que possamos dividir animados uma garrafa de vinho e uma pizza inteira de quatro queijos. Que eu me desprenda da culpa e que nós, juntos, sejamos capazes de mergulhar um no outro, tocando assim, as profundezas ainda intactas do nosso eu. Que tenhamos habilidade para reconstruir as ruínas da autoconfiança e haja possibilidade de desmistificar os enigmas invioláveis.

Por favor, insista, ainda desejo me aventurar na imensidão do amor, ainda anseio por uma paixão avassaladora, ainda espero pelo alguém que vai curar minha ferida e me fazer ver que todo sofrimento me preparou para a chegada da felicidade sem medida.

Espero que você seja, mesmo, o futuro amor da minha vida.
Escrito por Taíla Quadros.

Quem diz não saber o quer, na verdade sabe muito bem, só ainda não conseguiu admitir para si mesmo e está esperando a coragem para isso acontecer.

Simplesmente se sabe. Parece que o véu que cobria os nossos olhos e fazia com que víssemos o outro sob a ótica do amor, da condescendência, cai. As coisas ficam claras e límpidas como água pura. Os seus amigos e a sua família são as pessoas em que você pensa primeiro. É com eles que você quer estar e te dá um alívio quando não vê a pessoa antes amada.
As coisas ruins e os defeitos passam a pular na sua frente para mostrar o quanto são grandes e como você não consegue mais lidar com aquilo. Antes você sabia que existiam, mas eram muito menores do que todas as qualidades do seu amor, eram insignificantes perto do sorriso sincero e do calor de um abraço cheio de saudades.
Agora o que você mais sente é indiferença, tudo aquilo se tornou um peso que nenhum dos dois aceita mais carregar, o que antes era um amuleto, agora virou uma cruz.
Discutir não importa mais, conversar não importa mais, porque você já sabe aonde isso vai chegar, esse ciclo nunca levou vocês a lugar nenhum. Brincar e cozinhar o sentimento do outro até que você “decida” o que quer, é cruel e covarde. Quem diz não saber o quer, na verdade sabe muito bem, só ainda não conseguiu admitir para si mesmo e está esperando a coragem para isso acontecer.
O que importa, é saber que você merece mais, você merece sair de uma zona de marasmo onde nada acontece e você não sai do lugar e sair para a vida novamente. Você não se vê mais vivendo sem ele? Experimente dar os primeiros passos, você vai ver que consegue e é capaz de ir até mais longe do que já imaginou. Merecemos estar ao lado de alguém que sinta o mesmo que nós, que esteja olhando para o mesmo lado e queria seguir a mesma direção. Não devemos nos contentar com o meio e com a dúvida. Meio amor, meio carinho, meio companheirismo não agregam nada, só te fazem ansiar por mais e como nada mais virá, somente a frustração vai ocupar esse lugar.

Precisamos enfrentar certas situações, sim. E é com elas que crescemos, não importa que nos digam milhões de vezes que não é o caminho, muitas vezes precisamos seguir por nós mesmos para aprender. Mas depois que aprendemos, não vamos mais esquecer.
Escrito por Júlio Hermann.

Eu acho que tu já passou por um momento desses, meu bem, quando o medo que tu tem de perder a pessoa que te faz feliz, é maior do que qualquer tormento ou tempestade. Quando essa coisa que corrói por dentro é um medo enorme da solidão; e quando eu digo solidão eu não digo estar sozinho, digo se sentir vazio de si mesmo.
Eu já me senti assim, meu bem, vazio de mim mesmo. Como se nada que eu botasse pra dentro fizesse cócegas; como se nada daquilo o que eu sentia, ou vivia, ou pensava, fosse o suficiente pra que eu pudesse encontrar um norte. Tudo passava por mim e saia sem deixar vestígios, sem causar essa coisa da saudade, da vontade da permanência. Você chegou e me preencheu. Tirou todo o meu vazio e me completou; hoje eu transbordo. Procurei muito tempo por alguma coisa que fizesse com que eu me sentisse assim, e encontrei em você.
É assim que eu me sinto, meu bem: com um medo de te perder que é maior que qualquer tormento ou tempestade. Lá fora tem ventania e chove forte; dobrando a esquina tem uma guerra e as pessoas tem se matado por tão pouco. Aqui dentro o que tem me matado é essa coisa de não saber se amanhã eu vou acordar com você do meu lado ou não; se amanhã vai ter cafuné e um abraço forte que nos salve do fim do mundo.
Não sei, meu bem. Tem sido assim. Tudo o que me traz a possibilidade de te perder me desconstrói. É uma coisa que faz doer a alma e tritura o coração; que perfura e faz arder na pele. Eu não quero sentir solidão de novo; não quero me sentir vazio e ausente de mim mesmo. Olha no meu olho e diz que tu fica. Que tu me preenche e que tu fica. Quem sabe assim o medo vai embora, a tempestade me cause algum pavor, e eu durma sorrindo.
Escrito por Júlio Hermann.

Desculpa, eu não sei fingir interesse. Não sei estender o papo quando eu não quero levar o alguém pra caminhar na beira da praia. Uma hora todo mundo passa e você passou. Teve um tempo em que eu achei que iria guardar você  pra sempre no baú das boas lembranças, mas nem sempre é assim. É que chega uma hora em que a gente perde o interesse, que o sentimento de unha cravada na pele, de ácido corroendo os órgãos cansa e a gente para de se importar, e correr atrás, e vasculhar a vida da pessoa porque pouco importa. E isso não quer dizer que a gente encontrou outro alguém pra ocupar o espaço que ficou, ou que o que a gente sentia se perdeu porque não era verdadeiro. Significa que uma hora todo mundo passa, que uma hora, quando cansa, quando desgasta a caminhada toda, quando o excesso de soco no estômago sobrecarrega, a gente perde o interesse.
Eu perdi o interesse em você. Gostei de você pra caralho, assumo, mas não gosto mais – e assumir não é fraqueza, é ter consciência que passou, marcou e fez crescer; e eu cresci pra caralho no esbarrar com você. Perdi o interesse quando percebi que ia precisar desistir de mim pra me atirar em você; quando percebi que me atirar em você seria o mesmo que cair de cabeça em uma piscina sem água, que do seu lado em vez de conforto eu seria solavanco, seria colisão entre eu e o sentimento de me sentir sozinho, de me sentir vazio porque você nunca se fez presente de verdade, nunca esteve aqui como dizia estar e sempre se negou a estender a mão. Percebi quando apaguei a luz e fechei a porta e você não disse nada; quando me dei conta que me atirar em você só seria possível se eu deixasse a bagagem de uma vida toda para trás, porque você nunca soube conviver com passados e as outras pessoas a nossa volta. Agora, você não saberá conviver comigo, porque virei passado.
Talvez você também não saiba fingir interesse, não sei. Ou, talvez você saiba até demais e eu me deixei enganar. Não me engano mais; não me engano porque do seu lado eu seria solidão. Você estava do meu lado, mas vagava longe; estava aqui mas não se fazia presente, não se mostrava perto; estava do meu lado, mas era impossível te alcançar porque você se esquivava e corria. E chega uma hora que desgasta, sabe? Chega uma hora em que se entregar sozinho sobrecarrega, quando o fardo fica pesado demais para carregar sozinho porque se sentir sozinho quando se tem alguém do lado é se sentir vazio – e não tem nada mais doloroso do que se sentir vazio. Eu não tenho interesse em me sentir vazio, e também não tenho mais interesse em você.
Chega uma hora que a coisa toda sobrecarrega e a gente abre os olhos pra perceber que não precisa do outro pra se sentir feliz, que o outro em vez de felicidade tem trazido vazio, tem trazido solidão e tem se feito ausente. Talvez você não sinta nada com a minha partida porque já faz um tempo que você tá perto e vive longe. Talvez você não aprenda a conviver com isso tudo quando eu for embora porque você nunca soube lidar com passados. Mas pra você sempre pouco importou, não foi? Agora pra mim também.
Eu não sei fingir interesse. Não sei estender o papo quando não quero levar a pessoa pra passear na beira da praia nem pra morar em mim – e eu já quis te levar pra molhar os pés na água e te ofereci meu peito pra você fazer abrigo, mas você fez com que o fardo ficasse pesado demais quando me pediu pra deixar tudo pra trás para que eu pudesse me atirar em você. Só que você é piscina sem água, e me atirar em você seria sentença de morte de mim mesmo.
Eu perdi o interesse em você, e isso me fez desistir de nós dois.
Escrito por Monika Jordão, colunista do Sábias Palavras.

Você se foi. Eu não te conheço mais, muito tempo se passou. Nunca mais vi seu rosto, nunca mais olhei nos seus olhos, não senti mais seu cheiro, seu toque ou seu beijo.Nunca mais ouvi sua voz, seu sussurro ou seu grito nervoso.
Não sei mais qual é sua comida preferida, nem sei se você ainda dorme com a TV ligada. Se ainda toma leite toda manhã ou se o vinho ainda tem que ser seco.
Não sei se deixou seu cabelo crescer ou se raspou de novo.
Mas de uma coisa eu sei: Eu ainda me lembro de você.

Sei que não é no meu ombro que você chora, que não é na minha mão que você pega no passeio do shopping e não é nos meus olhos que você olha por alguns segundos antes daquele sorriso tímido.
Não é no meu cabelo que você passa a mão quando quer fazer um carinho discreto. Não é a minha boca que você beija calorosamente nem o meu corpo que você toca com fervor.
Não é pra mim que você liga quando algo ruim acontece, nem quando uma boa notícia aparece. Não é em mim que você pensa antes de dormir e nem quando acorda.
Não sou mais eu, definitivamente.

E nem poderia ser, eu fugi.
Fui embora correndo e não olhei pra trás.
Tive medo.

Nossos caminhos se cruzaram por acaso.
Você, idiota que é, se entregou. Eu, idiota que sou, me perdi.
E foi por medo.
Era nova demais, imatura demais, insegura demais, enfim…
Era demais pra mim.

Penso naquele tempo e dói.
Dói porque sei que hoje seria diferente.

Pode parecer loucura, e provavelmente seja mesmo, mas algo me diz que a gente daria certo. Não sei como seria, se a gente ainda teria aquela química louca, se ainda seriamos cúmplices e companheiros.
Será que iríamos pra praia, de novo, só pra molhar os pés no mar e ver o pôr do sol?
Será que você ainda ia adorar minha mania de morder o lábio?
Será que eu ainda ia ficar doida só de ver pro seu sorriso solto?
Será que você ainda ia me chamar de linda quando eu acordasse descabelada?
Será que eu ainda ia pegar sua mão quando caísse uma tempestade?

Será?
Não sei.

Eu só queria, ao menos mais uma vez, olhar pra você.

Eu não fugiria.
Eu mergulharia no seu beijo e moraria no seu abraço para sempre.
Acreditei durante muito tempo que um amor realmente curasse o outro. Era mais fácil desse jeito, agora eu sei disso. Quando eu sentia que estávamos próximos ao fim (sim, mulher sente essas coisas), já correspondia com mais interesse as investidas de outros caras, saía de casa olhando com mais atenção quem estivesse ao meu redor. Então o ciclo se repetia e, assim que ficava solteira, me forçava a sair com outras pessoas. Já dei conselhos desse tipo também: “Você tem que tentar. Sair pra desopilar, não pensar nele. No mínimo, você se diverte.” Afinal, havia dado certo pra mim a vida inteira.
Aprendi duas coisas nessa fase: 1) o placar não zera, só acumula. Qualquer semelhança entre meu presente e passado já causava uma guerra numa proporção muito maior do que merecia. Eu trazia no peito feridas abertas, nas mãos os planos que nunca se concretizaram e despejava à queima roupa no primeiro que tivesse a oportunidade. Não era culpa dele não suprir essas expectativas, agora eu sei disso. Até porque, sinceramente, sequer haviam sido criadas para ele ou com ele. Isso era apenas eu impondo minhas vontades a um novo relacionamento devido ao fracasso do antigo. E 2) você pode até achar que driblou o sofrimento, que manteve seu coração intacto enquanto ocupava sua mente com outra história, mas a verdade é que a mágoa está ali, pronta pra se lançar ao menor sinal de perda.
Se nem eu priorizei a mim mesma, como poderia achar que outra pessoa pudesse fazê-lo? Ninguém sabia pelo o que eu havia passado e sentido. Só eu tinha o poder de me curar, mas enfrentar a si mesma sozinha pode ser um desafio mais assustador do que se imagina. A gente aprendeu a repulsar a solidão, que ser solteira é sinônimo de fracassada, que não estar apaixonada por alguém é se sentir vazia. É normal sentirmos medo de não termos outra chance ou deixarmos escapar mais um romance. É normal sentirmos pressa; o tempo não espera que nos recuperemos, como poderíamos desperdiçá-lo sem tentar outra vez?
Finalmente, eu entendi que o amor que traz cura é o próprio, não aquele destinado a outra pessoa. Eu precisava de tempo, eu precisava de mim. E quando me tive desfrutei da sensação de completude que tanta gente procura em outros corpos. Aprendi a me amar, me paparicar, priorizar minhas vontades, perdoar minhas falhas. Aprendi a lidar comigo, e não foi fácil. Às vezes, você precisa se reinventar, pois enquanto permanecer com as mesmas atitudes, não pode esperar por um desfecho diferente.
Você deve se perguntar “Qual a sua parcela de culpa naquilo que te faz infeliz?”, e não temer a resposta.

SAMANTHA SILVANY
Escrito por Taíla Quadros.

“Te ver e não te querer, é improvável, é impossível.”
Impossível é não querer te ter em meus braços. Não ganhar teus abraços e continuar firme e forte. Esperando a minha chance, esperando coragem para dizer a você o quanto és importante para mim. O quanto eu sinto vontade de te falar, de te amar como nunca amei ninguém.
Sem você, sou o céu sem estrelas, um mar sem as ondas, o Sol sem calor. Sou todos os clichês do mundo e todas as músicas de dor de amor. Quando não te vejo, tudo perde a graça, tudo fica sem cor.
Não sei até quando vou viver sem te sentir perto de mim, sem saber quando vamos poder estar juntos de verdade, se distância ou diferenças, sem horários e desafetos. Eu sei que você me quer também e sei que você quer estar aqui e viver todos os dias ao meu lado. Só não sei o que te impede de vir até aqui, de gritar na minha janela para todo mundo ouvir o quanto sou especial para você.
Decido esperar. A espera que dói, a espera que cansa, mas nunca deixa ir embora a esperança de estar com você, de acordar ao seu lado e ouvir a sua respiração, sentir o calor do teu corpo e o toque macio da sua pele. Imagino como deve ser essa sensação todos os dias e antes de abrir os olhos, já vejo você sorrindo para mim.
Ainda não entendo porque estamos longe um do outro, mas eu sei que um dia vamos nos unir e fazer o que a gente quiser, eu e você, sem se preocupar com os outros, sem querer saber do futuro. Vamos viver o nosso presente como se fosse eterno, aproveitar todos os minutos para fazer parte um do outro e nos tornarmos um todo ainda mais completo.
O importante agora somos apenas eu e você.

Escrito por Monika Jordão. Prepare-se, não vai ser simples me conquistar. Você tem certeza de que está disposto a isso? Eu não sou inco...